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Atacante durante evento na Vila Belmiro no início de 2023 (Ricardo Moreira/Getty Images) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
O relógio vai correndo, o tempo vai passando, a ansiedade da torcida está no limite e o Al Hilal, único capaz de dar uma resposta definitiva sobre a vinda ou não de Marcos Leonardo para o São Paulo, está tratando a questão, urgente pelo limite da janela de transferências, com uma calma considerada "impressionante" por fontes do clube do Morumbi ouvidas pelo AVANTE MEU TRICOLOR.
Pois bem, no fim da tarde desta terça-feira (2), o clube saudita resolveu atender um pedido do atacante e seu empresário para uma reunião conjunta entre eles e a diretoria do São Paulo.
A resposta é angustiante: o Al Hilal ouviu quieto as justificativas de Marcos Leonardo, seu empresário e os tricolores. Para ao final responder que precisa de mais tempo para dar uma resposta definitiva sobre a liberação ou não do jogador por empréstimo ao São Paulo até dezembro.
O problema, evidente, é o tempo. O Tricolor tem somente até as 23h59 (de Brasília) para dar entrada no documento liberatório do centroavante e assim consegui-lo registrar a tempo antes do encerramento da janela.
A promessa saudita é que uma resposta será dada antes desse horário. Junto ou não do esperado e sonhado documento aguardado ansiosamente por mais de 20 milhões de tricolores espalhados pelo mundo.
Um dos pontos de maior drama da reunião foi a afirmativa do Al Hilal de que tem em mãos uma proposta de outro clube saudita pelo empréstimo do atacante, por isso precisa avaliar o que é melhor para si com um ativo da equipe. Importante ressaltar que Marcos Leonardo já recusou permanecer no país asiático.
Marcos Leonardo quer ser jogador do São Paulo.
E o recado mais que claro de que o atacante de 22 anos quer mesmo viver uma noite de Copa Libertadores no Morumbi foi dado na segunda-feira (1).
Em reunião com dirigentes do Al Hilal, o ex-santista foi claro ao dizer aos sauditas que não tem interesse em nenhuma outra proposta que não a do São Paulo, mesmo as vindas do exterior. E que, para isso, vai ajudar na negociação.
O jovem atacante comunicou que se o Al Hilal emprestá-lo ao Tricolor, ele abre mão de receber o salário de cerca de R$ 2,7 milhões até o final do ano, incluindo luvas e bônus a que teria direito. Por isso, aceita ganhar o oferecido pelo clube do Morumbi no período (um montante bem menor).
A contrapartida, óbvia, é o Al Hilal topar emprestá-lo de graça ao São Paulo até o fim de dezembro.
Marcos Leonardo não foi inscrito no Campeonato Saudita devido ao limite de estrangeiros, o que motiva o empréstimo para evitar inatividade. Para o Al Hilal, liberar o jogador significa economizar recursos com um atleta fora dos planos do técnico Simone Inzaghi.
Jogar no Brasil pode valorizar o atacante para futuras vendas, especialmente se ele for destaque em competições como a Copa Libertadores ou convocado para a Seleção Brasileira.
DIFICULDADE NO MERCADO
O São Paulo está no mercado atrás de um centroavante após ser confirmada a grave contusão de André Silva, que pode voltar a jogar apenas no ano que vem.
Sem ele e outras duas opções (Calleri e Ryan Francisco, que também estão no Reffis), Hernán Crespio tem para escalar o ataque, como centroavante nato, o conterrâneo Dinneno, nome que chegou do Cruzeiro ainda quando o treinador era Luis Zubeldía, que inclusive o indicou ao Tricolor (fato, aliás, que pode contribuir para sua baixa utilização com o novo comandante).
Além de Dinneno, peças podem ser improvisadas, como os pontas Ferreirinha e Tapia, além de Luciano, que pode fazer funções como de falso 9.
Com teto de gastos e limite orçamentário, o Tricolor tem dificuldades para sair ao mercado atrás de um nome para reforçar suas fileiras. A opção é por alguém livre no mercado ou que chegue por empréstimo. O tempo urge, já que a janela de transferências se encerra no dia 2 de setembro.
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